Uma mistura. Melhor que vitamina.

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Eu demorei um bocado pra escrever e editar esse post. Ele é uma mistura de sentimentos soltos e perdidos. Eu falei que ia ter de tudo aqui, e vai. Prometo que se lerem, vão aprender. Por isso, desça a barra de rolagem e vá em frente. ^^

Aqui, sentada em frente ao computador. Com uma básica cara de sono por ter acordado antes do relógio apitar, bebendo um copo de
sem lactose, é claro (sou alérgica). Estou ouvindo algumas 's que minha vó colocou. De longe, junto com o som da do meu pai, ligada lá longe, provavelmente com as olimpíadas. Quero ligar a T.V, mas ela sempre me desconcentra quando vou escrever. E este posted é importante. Sério.

Eu disse que aqui no M.S.A, ia sempre ter posts de todos os tipos. Apesar de eu e o Alê estarmos colocando aqui, mais curiosidades que tudo, eu quero fazer um post diferente e aproveitar também, para pedir desculpas.
Estou sem tempo, não vou negar. Eu estudo, faço aulas de bateria, cursinho de inglês, vou ao pscicólogo (sim. É que eu tenho T.O.C - não sabe o que é, joga no google ou na wikipédia xD) e também comecei a estudar alemão. Fora o que gosto de fazer, quando tenho meu tempo livre. Ouvir , ler um bom (atualmente em progresso: As Crônicas De Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa), ou então passar um tempo junto com a família né?.
Assim é a vida nos dias de hoje. Ela passa e você nem vê. Quando se tem a minha idade e está cursando o primeiro ano do ensino médio tudo muda, derrepente. A faculdade é o que pesa nas suas costas. O estudo também.
E em falar nisso, ninguém mais se senta a noite junto com a vizinhança para escutar um bom programa de . Não culpo as pessoas, é claro. Culpo as rádios. Afinal, não se fazem mais bons programas como faziam, quando minha avó era menina.

Como todo mundo, estou sem tempo pra internet. Pelo menos eu estou. Quero dar duro na escola, apesar de não ser tão boa aluna assim. Não que eu seja malandra é claro, mas o fato mesmo é a minha dificuldade em ter um organizado, ou prestar atenção o suficiente nas aulas.
Por isso, deixei o blog meio de lado. Não tenho entrado todos os dias, a última vez que tinha parado aqui ainda haviam cerca de 20 comentários no post anterior... Hoje ele tem 60 e poucos.
Todos eles serão respondidos, claro. Mas a seu tempo. Aprendi a ser paciente, pois as melhores coisas da vida só acontecem direito quando você sabe esperar.
E quero responder os comentários direito. É muito cômodo para um blogueiro, entrar no blog de uma pessoa, correr o olho pelo que ela escreveu, abrir a página de comentários e clicar ctrl+v em algo assim:

"Hey!
Seu blog é lindo.
Amei o layout. Parabéns. No meu tem post novo, não esquece de passar lá, tá?
Aquele beijo fofa(o)!"

[Spam detect]~

Eu odeio receber esse tipo de comentário, e nunca vou dar um desse tipo. Eu ganharia mais visitas. Mais comentários. Ficaria famosa. Dominaria o mundo (ok, menos).
Então garanto que eu e o Alê lemos todos os posts antes de comentar. Por isso a demora. Por isso a preguiça. Não que ler posts seja ruim. Pelo contrário, é muito bom. Mas a preguiça é de ligar o computador, e ficar presa no blog e tudo mais, com tantas coisas pra fazer. Não que o blog seja ruim.
Ah, acho que vocês me entenderam.

Agora, falando o que eu queria realmente falar...
Essa história de "criança interior" me cercou por todas as partes nesse último dia. Estou lendo um livro dedicado ao público infantil e me deparei com uma revista na banca, que não pude deixar de comprar. A reportagem de capa era algo do tipo:
"Desperte sua criança interior".
Quem quiser dar uma conferida é a revista Vida Simples. Tem muito conteúdo bacana, podem comprar se quiserem, eu garanto que é boa.

Esse parada de criança interior ficou batucando na minha cabeça por um tempo. Tentei me lembrei de quando era uma criança, mas não obtive sucesso. Não sabia se gostava de ser uma criança, quando era menor. Acho que parecia chato, eu tinha medos. Não entendia certas coisas que hoje entendo com clareza.
Mas mesmo assim, tenho de admitir que morro de medo de crescer. Vejo os adultos ao meu lado se matando por coisas pequenas, coisas que nunca valeriam a pena como uma preocupação tal qual são para eles.

Fiz mais um esforço para conseguir interagir com minha criança interior, sem sucesso.
Eu queria obter energia e diversão para cada coisa que eu fazia na minha vida, com a idéia de deixar algo repugnante (como estudar química, física ou matemática), fácil e divertido. Não deu certo.
Pensei mais e cheguei a uma simples conclusão, depois de me lembrar que havia lido um texto que C.S. Lewis - o cara que com mais de cinqüenta anos criou um universo mágico para crianças - escreveu. De algum modo isso mudou minha vida.
Ser criança não significa voltar a fazer besteiras, voltar a ser um idiota.
Significa crescer. E tudo isso, depende apenas de você.
Voltar a ser criança não quer dizer


Eu não sei bem se conseguiram pegar o espírito que eu queria que pegassem. Na verdade, é até melhor que cada um tenha sua opinião, assim o mundo fica mais divertido.
Antes de ir (por enquanto, pois garanto! eu volto), vou deixar uma parte do que C.S Lewis escreveu, no texto que citei anteriormente, entitulado: "Três Maneiras De Escrever Para Crianças":

"[...] Hoje em dia, a crítica moderna usa o adjetivo "adulto" como marca de aprovação. Ela é hostil ao que denomina "notalgia" e tem absoluto desprezo pelo que se chama de "Peter Panteísmo". Por isso, em nossa época, se um homem de cinqüenta e três anos admite ainda adorar anões, gigantes, bruxas e animais falantes, é menos provavel que ele seja louvado por sua perpétua juventude do que seja ridicularizado e lamentado por seu retardamento mental. [...]
Mas, na verdade, o retardamento consiste não em recusar-se a perder as coisas antigas, mas sim em não aceitar coisas novas. Hoje, gosto de vinho branco alemão, coisa de que tenho certeza de que não gostaria quando criança; mas não deixei de gostar de limonada. Chamo esse processo de crescimento e desenvolvimento, porque ele me enriqueceu: se antes eu tinha um único prazer, agora tenho dois. Porém, se eu tivesse de perder o gosto por limonada para adquirir o gosto pelo vinho, isso não seria crescimento, mas simples mudança. [...]
Uma árvore cresce quando ganha novos anéis; já um trem não cresce quando deixa para trás uma estação, esbaforido. [...]

Certa vez, num refeitório de hotel, eu disse em voz um pouco alta demais: "Odeio ameixas secas." De outra mesa, inesperadamente, ouvi a voz de um menino de seis anos: "Eu também." A simpatia entre nós foi instantânea. Nem eu nem ele achamos aquilo engraçado. Ambos sabiamos que ameixas secas são ruins demais para serem engraçadas. É esse o encontro adeqüado entre o homem e a criança como personalidade independentes. Quanto às relações muito mais elevadas e mais difíceis entre uma criança e seus pais ou entre a criança e professores, nada digo. Um escritor, um mero escritor, está fora disso. Não é nem mesmo um tio. É um homem livre, um igual, um par, como o carteiro, o açougueiro e o cachorro do vizinho."

A genialidade de Lewis me impressiona.

Por isso digo:
Se quiserem beber um copo de
bebam sem medo. Se quiserem brincar com um , brinquem sem medo.
O que importa é jogar os , sem medo de perder. Sem medo de errar.

O que realmente vale a pena, é viver a vida com a inocência de uma criança, ter 's de uma criança mas colocá-las em prática com a maturidade de um adulto. Viva sem medo do tempo e dos números. Pois você não deve nada a ele. Deve somente a si mesmo.

"Você pode amadurecer, desde que não envelheça".

Axl, do jogo Guitar Hero para , que joguei essa semana no intervalo das aulas (J.V, Te amo! :*)

Esse é meu desabafo. Ou quase. :)


Obs.: Feliz dia dos pais a todos os cuecas das casas. Eles merecem. Pai, eu e o Elvis te !

Agora se me dão licença, vou dormir. Sonhem com os anjinhos, crianças.



Créditos:

Texto: Por eu mesma;

Mini-Gifs by: Templates Da Lua

Trecho de C.S.Lewis, retirado de "As Crônicas De Nárnia - Volume Único", Martins Fontes, São Paulo 2006 (Valeu por me emprestar primo!)

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